Há dois tipos de pessoa: os ligados em moda e os não. Para entender é só comparar o assunto com a tecnologia: há os loucos por ela e os que não dão muita confiança para suas mudanças. Eu, por exemplo, uso corretamente meu celular, meu computador, mas não fico fuçando e descobrindo como usar todas as possibilidades deles; não fico desesperada para ter todos os aplicativos, não vou para uma fila de madrugada para esperar o lançamento de um novo modelo de nada.
A Dilma em relação à moda é como eu com a tecnologia. Usa corretamente, mas não é através da moda que ela se expressa. Aliás, algumas observações importantes: Dilma é a presidenta eleita de 200 milhões de brasileiros, e tem que se preocupar com o governo, e não com as roupas que vai vestir.
Já Michelle Obama, não. Ela não foi eleita para nada: é a primeira-dama do seu país e veio para cá acompanhando o marido e trazendo a família toda para conhecer o Brasil e passear um pouco com elas. Tem, no entanto, vida própria e ajuda o marketing do governo com programas de educação e de alimentação. Faz isso com determinação e independência e é muito admirada por isso.
Michelle gosta de moda e sabe como usá-la para passar informações importantes sobre ela, e até mesmo sobre o tipo de política que o marido está propondo, muito ligada aos valores americanos como a família, a liberdade, o direito às opiniões pessoais. Suas roupas, assim como a das filhas, indicam um estilo de governo mais informal, mais jovem, ágil e bem informado.
Ela é bonita, alta, veste bem e aproveita essas vantagens para dar uma força para a indústria da moda do seu país, usando peças de estilistas iniciantes, de origem multirracial e também usando roupas de grife misturadas a roupas de lojas populares - mostrando com isso independência e estilo pessoal.
São duas mulheres importantes, com atitudes opostas e complementares diante da moda.
Cada uma com seu recado para o mercado. Olho nelas.
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